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1.
J. bras. econ. saúde (Impr.) ; 9(3): 249-259, Dez. 2017.
Article in Portuguese | LILACS, ECOS | ID: biblio-883004

ABSTRACT

Objetivo: Fornecer evidências econômicas que suportem o uso do fator VII ativado recombinante (rFVIIa) em comparação ao complexo protrombínico parcialmente ativado (CCPa) para o tratamento do episódio de sangramento leve a moderado devido a hemofilia com anticorpos inibidores no Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Estudos que investigaram a eficácia clínica dos tratamentos CCPa e rFVIIa indicam diferenças entre eles na capacidade de controlar os sangramentos. A análise de custo-efetividade foi desenvolvida com base em dois modelos de árvore de decisão propostos por You et al. (2009) e Jiménez-Yuste et al. (2013). O desfecho clínico foi o percentual de pacientes que controlam o sangramento e o desfecho econômico incluiu custos médicos diretos. O horizonte de tempo variou com a gravidade da hemorragia. Os custos unitários foram obtidos do Diário Oficial da União (1 µg de rFVIIa R$ 2,09 e 1U de CCPa R$ 2,28). No modelo de You foram considerados também custos com ácido tranexâmico e centro de tratamento, extraídos da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) e do SIGTAP (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos), respectivamente. Resultados: O modelo de You indicou maior percentual de pacientes que tiveram o sangramento controlado com rFVIIa comparado ao CCPa (89,2% vs. 75,1%) com menor custo de tratamento (R$ 18.921 vs. R$ 28.691). Considerando Jiménez-Yuste, o percentual de pacientes com sangramento controlado também é maior com rFVIIa (79,0% vs. 61,0%), com menor custo de tratamento (R$ 63.446 vs. R$ 68.952). Conclusão: O rFVIIa é uma alternativa cost-saving para o tratamento de pacientes com hemofilia congênita com inibidores comparado ao CCPa.


Objective: To provide economic evidences that support the use of recombinant activated factor VII (rFVIIa) in comparison to activated prothrombin complex concentrate (aPCC) for the treatment of episodes of mild to moderate bleeding due to haemophilia with inhibitors in Sistema Único de Saúde (SUS). Methods: Studies that explored the clinical efficacy of aPCC and rFVIIa treatments have shown differences between them in their capacity for controlling bleeding episodes. The cost-effectiveness analysis was developed based on two decision tree models proposed by You et al. (2009) and Jiménez-Yuste et al. (2013). The clinical outcome was the percentage of patients with controlled bleeding, and the economic outcome was direct medical costs. The time horizon varied according to hemorrhage severity. Drugs unit costs were obtained from the Diário Oficial da União (1 µg of rFVIIa R$ 2.09 and 1U of aPCC R$ 2.28). In You model, also considered the costs with tranexamic acid and treatment center, extracted from CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) and SIGTAP (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos), respectively. Results: You model showed a higher percentage of patients that controlled bleeding with rFVIIa compared to aPCC (89.2% vs. 75.1%) and with lower treatment cost (R$ 18,921 vs. R$ 28,691). Considering Jiménez-Yuste, the percentage of patients that controlled bleeding was also greater with rFVIIa (79.0% vs. 61.0%) with lower treatment cost (R$ 63,446 vs. R$ 68,952). Conclusion: rFVIIa is a cost-saving alternative for the treatment of patients with congenital haemophilia with inhibitors compared to aPCC.


Subject(s)
Humans , Cost-Benefit Analysis , Factor XIIa
2.
Article in English, Portuguese | LILACS, ECOS | ID: lil-781051

ABSTRACT

Objective: The aim of the current analysis was to measure the public health impact of dengue vaccination in Brazil using a published transmission dynamics model. Methods: We adapted a mathematical model that represented the transmission dynamics of the four dengue fever serotypes in humans and in the mosquito. This compartmental model represents the known characteristics of dengue transmission dynamics: host-vector interactions, immunological interactions between all four dengue serotypes, age structure of the population, levels of specific transmission by age, seasonality of the disease, and growth of the human and vector population. Results: Our mathematical model showed a 22% (CI95%: 9-37) reduction of all cases of dengue fever for a smaller scenario (routine vaccination at 9 years old and catch-up campaign to 10 years of age) and 81% (CI95%: 67-89) in the largest scenario (routine vaccination at 9 years old and catch-up campaign to 40 years of age) over a 5-year period. For the 10-year impact, we estimated a 22% (CI95%: 12-39) reduction in the smaller scenario,and a 92% (CI95%: 80-95) reduction in the larger scenario. This reduction in the number of cases would lead to significant decrease in the number of hospitalizations. Up to 233,509 (CI95%: 148,534 - 331,849) and 739,378 (CI95%: 604,386 ? 894,072) hospitalizations would be prevented over a 5-year and 10-year period, respectively, with the larger vaccination program. Conclusion: This analysis indicates that, within expected variations, a national dengue vaccination program in Brazil would lead to significant public health benefits by reducing dengue infections and hospitalizations.


Objetivo: O objetivo da análise é medir o impacto na saúde pública com vacinação da dengue no Brasil, utilizando um modelo dinâmico de transmissão publicado. Método: Adaptamos modelo matemático que representa a dinâmica de transmissão dos quatro sorotipos da dengue em humanos e no mosquito. O modelo é determinístico, compartimental, para representar as características conhecidas da dinâmica de transmissão da dengue: interações hospedeiro-vetor; interações imunológicas entre os quatro sorotipos de dengue; estrutura etária da população; níveis de transmissão específicas por idade; sazonalidade da doença e o crescimento da população de humanos e vetores. Resultado: Nosso modelo matemático estimou em 22% (IC95%: 9-37) de redução dos casos de dengue para o cenário mais conservador (rotina aos 9 anos e campanha de vacinação até 10 anos) e 81% (IC95%: 67-89) no cenário mais liberal (rotina aos 9 anos e campanha de vacinação até 40 anos) ao longo de 5 anos. Para o impacto de 10 anos, estimou-se 22% (IC95%: 12-39) de redução no cenário de mais conservador e 92% (IC95%: 80-95) de redução no cenário mais liberal. Esta redução dos casos leva a redução significativa do número de hospitalizações. Até 233,509 (CI95%: 148,534 - 331,849) e 739,378 (CI95%: 604,386 ? 894,072) internações poderiam ser salvas em 5 e 10 anos, respectivamente para período com o programa mais liberal de vacinação. Conclusão: A análise indica que, dentro de variações esperadas, um programa de vacinação nacional contra dengue no Brasil teria um benefício significativo para saúde pública, reduzindo infecções e internações de dengue.


Subject(s)
Humans , Dengue , Public Health , Vaccination
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